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[Segunda sem ansiedade] O excesso de informações faz mal?

[Segunda sem ansiedade] O excesso de informações faz mal?

Por Isabelle Guedes

Atualizado 16/11/20

O pop up do aplicativo de mensagens, notícias que chegam por todo lado, a próxima série imperdível do streaming: somos bombardeados por informações de todos os lados, a todo tempo. E mesmo quando lemos, vemos ou ouvimos algo que realmente interessam, ainda sim consumimos um volume alto de informações. Mas será que até comunicação pode causar sobrecarga? Existe excesso de informações?

 

O consumo de informações e a ansiedade

Segundo dados da empresa Ipsos,  7 de cada 10 brasileiros assistem TV ao mesmo tempo que mexem em um smartphone, e o consumo semanal de todas as teles (TV, celular e computador), somados, podem chegar a 58 horas por pessoa. E isso diz muito sobre como achamos que, muitas vezes, damos conta de mais coisas que realmente conseguimos conciliar. O nosso cérebro tem uma capacidade limitada de processar informações e nenhum ser consegue desempenhar de maneira razoável um número alto de tarefas. 

No campo do trabalho, o assunto é ainda mais profundo. O burnout corporativo foi uma realidade já na década de 1970, mas no século XXI, faz volta como um risco ligado ao excesso de dados pela velocidade de tecnologia e excesso de trabalho. O celular com mensagem do chefe, a falta de flexibilidade em horários de trabalho e gestores despreparados para lidar com saúde mental: quantidade de informações e propagação delas, nos torna cada vez mais estressados, ansiosos e superinformados. Mas a que custo?

Existe um consumo consciente quando falamos de informação?

Talvez, o excesso de informação não seja o maior mal, mas sim o excesso de consumo. Antes de tudo, entender que não somos máquinas  e não conseguirmos absorver todas as informações que chegam até a gente: tudo bem não responder aquela mensagem na hora ou pedir ajuda para resolver problemas. Aqui vale aquela máxima de que ‘’quantidade não é qualidade’’.

Depois disso, é importante pensar em um consumo de informações mais consciente. Não precisa parar de ler o que vê pela frente, mas também não é preciso consumir tudo. Temos a escolha de passar o dia inteiro tentando dar conta de toda informação publicada por aí ou podemos adotar uma postura mais consciente: menos notícia ao vivo, mais coerência. O que cansa não é o excesso de informação, é o excesso de consumo.

Corremos o dia com várias tarefas, é importante separar um tempo para cada coisa: segmente um tempo para relaxar, descansar a mente e se atualizar sobre as notícias. Então separe um tempinho para poder ler algumas coisas.

Se precisar, tenha o hábito desativar  as notificações. Elas podem criar o senso de urgência - de coisas que não são tão imediatas assim . 

Cansado dos formatos tradicionais? Busque novos! Consumir novas informações vai muito além do escrito, os podcasts trazem uma alternativa legal para isso. Testar outros formatos é uma forma de sair do mesmo e trazer um ar diferente para o seu cotidiano.

Priorizar a saúde mental, às vezes faz parte da nossa revisão de hábitos. 

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