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Histórias da Pele: Alex Reis

Histórias da Pele: Alex Reis

Uma conversa sobre autoestima, skincare e autocuidado com o cineasta Alex Reis.

Por Time Bisyou

Atualizado 31/07/20

Um dos integrantes do nosso vídeo institucional, Alex Reis é ator e cineasta. Além disso, também é responsável por uma das melhores frases ditas pelo nosso time (se você assistir até o final, vai concordar com a gente ;)

Batemos um papo com ele sobre auto estima, masculinidade tóxica, autocuidado e bem-estar e, claro, beleza. Vem conferir a nossa conversa e aproveita para assistir mais uma vez essa lindeza que é o nosso vídeo manifesto.  

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Qual é o seu nome, idade e profissão? 

Alex Reis, 23 anos, Cineasta.


Como foi para você a construção da sua auto estima durante a infância e adolescência principalmente como homem negro em uma cultura onde quase não existem referências negras? 

 Péssima. Eu cresci em um meio majoritariamente branco, logo, eu constantemente fui lido como um corpo "estranho". A primeira memória que eu tenho dessa leitura é de um Alex de 3 anos na pré-escola. Lembro dos alunos questionarem o que a minha cor se assemelhava e as comparações eram todas depreciativas. Meu cabelo era "ruim". Solução: Raspar a cabeça. Eu não me encaixava no padrão idealizado de beleza e, na minha inocência, achei por longos anos que o problema estava em mim.


E quando foi que você sentiu essa mudança na sua autoestima? 

Foi, e segue sendo, um processo. A chave virou em 2016 quando eu fiz dreads. Pela primeira vez deixei o cabelo crescer e deixar do jeito que eu queria. Foi uma mudança gigante não só por fora mas principalmente por dentro. Eu comecei a me amar e me aceitar muito melhor.

 

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Nos últimos tempos tem aumentado o debate sobre questões como masculinidade tóxica e fragilidade masculina. Qual é a sua opinião sobre o assunto? Você conversa sobre essas pautas com os amigos?

Nós homens temos que melhorar e muito. Eu sempre fui uma pessoa muito sensível e esse meu lado muitas vezes foi interpretado como "afeminado"  por conta da naturalização de que, só mulheres podem ser sensíveis enquanto os homens tem que ser essa rocha inabalável. Nunca achei coerente esse raciocínio. Ao mesmo tempo fui extremamente homofóbico, misógino, machista em diversas situações e não reparava. Comecei a enxergar o problema graças às minhas amigas e colegas que tiveram muita paciência comigo. Ouvi-las e desde então vou atrás de informação para entender o que eu reproduzi e, infelizmente, ainda sigo reproduzindo muito desta estrutura. São poucos amigos que discutem a respeito, confesso. Com estes, converso bastante sobre. Porém, a grande maioria se esquiva ao máximo. Mas sempre que eu vejo uma brecha pra discutir, eu introduzo o assunto.

 

Você tem uma rotina de skincare? Quais são os produtos que você usa? 

Bebo muita água e lavo o rosto com sabão e água. Pouco, né? Eu sei! hahaha. Vou melhorar esse meu lado.


E além do skincare, o que você faz para cuidar da sua mente e corpo?

Leio livros, vejo filmes e séries, passo tempo comigo, faço caminhada e tô tentando me exercitar em casa (hehehe).


E qual é a beleza do autocuidado pra você?

Amor próprio. Ter cuidado com seu corpo e mente é tudo de bom.

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                                                       Roger Cipó


Pra finalizar, você pode dividir com a gente alguns perfis, histórias e projetos que te inspiram?

Bia Manicongo - @bi_xarte | Roger Cipó - @rogercipo | Griottes Narrativas - @griottes.narrativas | Josy Ramos - @josyramos 



Gostou? Então aproveita para conferir também a entrevista da Paola Vespa, nossa primeira entrevistada da coluna Histórias da Pele.

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